Foto: Rede Social
Pedro aquecia ao lado de seis atletas durante o jogo. Com as entradas de Luiz Araújo e Everton Cebolinha , os outros quatro que não entraram para o banco, algo natural no futebol. Sampaoli ainda teria mais uma substituição, que foi utilizada com a entrada de Thiago Maia na vaga de Filipe Luís.
Após o jogo, Pablo chegou no vestiário cobrando Pedro rispidamente, alegando ‘falta de respeito’. O atleta retrucou. Depois disso, Fernández deu ‘tapinhas’ no rosco do atacante, que não gostou e tentou tirar a mão do profissional, que respondeu com um soco em Pedro. O camisa 9 não reagiu, com os jogadores imediatamente separando.
Diante de tudo o que rolou, Pedro registrou Boletim de Ocorrência contra o preparador físico. Atletas cogitam não treinar se Pablo Fernández estiver no CT de segunda-feira (31) em diante.
Em post feito no Instagram, Pedro diz que vem sofrendo covardia psicológica no Flamengo nas últimas semanas. Ele virou reserva e vem atuando pouco. E detonou o profissional, a quem chamou de covarde pela agressão.
“Poderia estar aqui falando dos escassos minutos recebidos nos últimos jogos, mas o que aconteceu hoje foi mais grave do que pode acontecer dentro das quatro linhas. Covardemente, sem motivo e inexplicavelmente, fui agredido, com um soco no rosto, por Pablo Fernández, membro da comissão técnica do Sampaoli. A covardia física se sobrepôs diante da covardia psicológica que tenho sofrido nas últimas semanas”, disse Pedro.
“Alguém que se acha no direito de agredir o outro não merece respeito de ninguém. Já passei por muitas provações aqui no Flamengo, mas nada se compara com a covardia sofrida hoje. Que Deus perdoe uma pessoa que, em pleno 2023, acha que uma agressão física possa resolver qualquer problema. Obrigado, Jesus, pelo ensinamento, dando a outra face. Pai e mãe, obrigado pela educação que me deram”, finalizou.
*Sampaoli se pronuncia após Pedro ser agredido:*
O treinador do Flamengo se pronunciou nas redes sociais, com a seguinte nota:
“Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol. Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio. O que aconteceu ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam.
A história me mostrou que a única solução é a conversa. Mesmo quando errei ou vi o erro dos outros. Eu tenho fé na palavra. Que é uma forma de ter fé no ser humano. Porque a violência nos separa e a conversa nos une.
Quando eu era criança e comecei a jogar futebol, as brigas dentro e fora do campo eram muito comuns. Assim como muitas coisas no mundo mudaram para pior, algumas mudaram para melhor. A violência é menos aceita a cada dia como forma de resolver as coisas. É uma transformação que levará tempo. Não será de um dia para o outro. Todos nós temos o direito de cometer erros. Porque temos a possibilidade de nos transformarmos. Para ser melhor.
Eu sou o condutor desta equipe. Me dói muito quando dois colegas de trabalho brigam. Mais do que a violência. Os treinadores não se dedicam apenas à tática e à preparação dos futebolistas. Acima de tudo, trabalhamos para gerir grupos. Tentamos melhorar e cuidar das pessoas.
Não tenho dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para nos mudar Para unir. Para ser melhor. E colocar o Flamengo no topo”.
O Flamengo ainda não se posicionou e aguarda o boletim de ocorrência feito pelo jogador para tomar as devidas providências.
Aguardamos qualquer atualização, iremos manter a todos informados*